Dentre os muitos problemas apresentados pela região nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, que dificulta ainda mais a vida do sertanejo. Um exemplo são os moradores da cidade de Caetanos, região sudoeste da Bahia, que vem enfrentando uma das piores secas, já consideradas, dos últimos 22 anos.
Esse cenário, que já é comum na região, vem se agravando com a redução das chuvas ao longo dos anos. As previsões indicam que possivelmente que no ano de 2017 não será diferente. Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), as chuvas esperadas para esse ano serão em menor quantidade do que as do ano de 2016.
A informação foi recebida com temor pelos agricultores e criadores do município que, em sua grande maioria, vivem na zona rural e desde há muito já vem sendo atendidos pela Operação Pipa.
Seu Arlindo Alves, de 80 anos, agricultor, morador da região de Patrícios, afirma que “Seca igual a essa aconteceu muito antigamente, nem lembro o ano, o milho todo empendoado mas, já todo seco.” A lavoura se perdeu quase toda e ainda há um fio de esperança se chover até fim do mês de fevereiro. Segundo ele, se chover, ainda salva alguma coisa da plantação.
O feirante e agricultor Fidelcino Gomes de Oliveira também afirmou que a lavoura de “Fava e Andu, pode ser que vinga, se chover”. A pouca chuva não foi suficiente para alimentar as plantações e mais de 80% das lavouras já se perderam. Isso para a economia local é preocupante, não só pela lavoura mas pela falta d’água que assola todo o município.
Os pequenos mananciais do município já estão secos. Mesmo as barragens de médio porte estão abaixo da média para essa época do ano. O socorro mais próximo para a falta d’água na zona rural vem do Rio Gavião.
Seu Laurentino José de 73 anos, agricultor, morador das Três Lagoas, que também perdeu parte da plantação afirma que “De dez anos para cá, a pior seca está sendo essa”. O nordestino é acostumado com pouca chuva, mas dá para perceber que a cada ano o volume de chuva fica menor.
No sertão, as chuvas se apresentam, com mais intensidade, entre os meses de dezembro e abril, o que gera uma esperança de que ainda chova na região para que a população possa ter acesso mais fácil a um bem que é tão precioso para a vida humana. *Caetanos Notícias
